sábado, 30 de maio de 2009

Riot Grrrl Part. 2: L7, Lunachicks, 7 Year Bitch e Tribe 8

Bom, dando continuidade sobre as bandas riot, quero deixar claro que não vou falar de todas, pq são muitas realmente, e eu não tenho tanto acervo assim, e nem tanto tempo pra buscar... mas vou pondo aqui o que posso. Outra coisa que quero deixar claro, é q nem todas as bandas se envolveram tão fortemente com o riot, mas acho q é válido colocar nesses post sobre o assunto pq foram bandas q surgiram no mesmo contexto, e tinham, se não a mesma proposta, mas algo parecido com a proposta riot, o q pelo menos pra mim, já tá valendo como uma grande influencia... Então, vamos lá...



L7



Começemos, pois, por elas. As meninas do L7. Elas começaram com a idéia da banda um pouco antes do surgimento do riot grrrl, mas duraram até o contexto do mesmo, e participaram de vários festivais relacionados ao movimento. O nome L7 siginifica "quadrado", que seria a forma resultante de se colocar um "L" formado pelo dedo indicador e polegar esquerdos com um "7" formado pelos dedos polegar e indicadores direitos.

A banda começou em 1985 com Donita Sparks e Suzi Gardner. Depois de um tempo, passando por algumas mudanças, ate mais ou menos 2000 a formação da banda ficou assim: Donita Sparks - vocal e guitarra, Suzi Gardner - vocal e guitarra, Jennifer Finch - vocal e baixo e Dee Plakas - bateria e vocal de apoio. O fim oficial da banda realmente não foi declarado, mas aparentemente se desfez em 2000. Ao longo da carreira a banda lançou uma excelente discografia, e participou de eventos importantes como por exemplo o Rock for Choice, que foi um festival criado para defesa das liberdades civis e dos direitos da mulher, como a legalização do aborto. Esse evento foi criado em 1991, pelas próprias integrantes da banda, e contou com a participação de várias outras bandas renomadas como Joan Jett e Hole. Além do festival, o Rock For Choice virou uma fundação.



Lunachicks


Elas eram de Nova york, começaram com a banda em 1987 e duraram até 2000. As influencias vão do metal ao punk, e dái vc tira bandas como MC5, KISS e etc... Essas moças se conheceram na escola e começaram a ensaiar no quarto de casa. O primeiro show da banda foi em 1988, com o namorado de uma delas tocando bateria. Kim Gordon e Thurston Moore do Sonic Youth viram a banda ao vivo e ficaram maravilhados com a performance, foi aí que elas conseguiram, através deles, gravar o primeiro EP intitulado "Babysitters on Acid". Depois a formação ficou totalmente feminina com Theo Kogan, Gina Volpe, Sidney "Squid" Silver e Sindi Benezra Valsamis. Participaram de documentário sobre o Riot Grrrl chamado "Not Bad For A Girl". Entre álbuns e singles, essas moças lançaram muuuita coisa.






Tribe 8


Elas são de San Francisco e a banda é formada totalmente por lésbicas. O Tribe 8 é considerado a primeira banda Queercore a surgir na cena. A banda, ao longo do tempo tem modificado a formação, mas a última é Lynn Breedlove, Leslie Mah, Slade Bellum, Jen Rampage, Mama T, and Tantrum. Não tenho certeza se a banda continua ou não na ativa. Mas elas surgiram também justamente no mesmo contexto da 'explosão' riot grrrl, e entre 1991 e 1999 vários álbuns e EPs foram lançados. Devido ao trabalho da banda no sentido de inserir as idéias e a música queercore na cena, foi feito um documentario em 2003 chamado "Rise Above: A Tribe 8 Documentary".
7 Year Bitch


Elas surgiram em Seattle, e rapidamente foram identificadas com o movimento riot. A formação original contava com Selene Vigil (vocal), Elizabeth (Elizabitch), Davis (baixo), Valerie Agnew (bateria), e Stephanie Sargeant (guitarra). A banda anunciou o fim em 1996, depois de passar por várias e várias conturbações, entre elas a morte, por abuso de drogas, da guitarrista Stefanie, quando o primeiro trabalho da banda estava para ser lançado. Ao longo de sua carreira, o 7 Year Bitch lançou 3 álbuns, que foram "Sick'Em", "Viva Zapata" e o último, de 1996 chamado "Gato Negro".








Bom fds para todos vcs, drugies!!!


Beijomiliguem!!


Rock On, Baby!!

and


To Be Continued...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Riot Grrrl Part. 1: Bikini Kill e Bratmobile

Bem, esse blog sendo fiel a sua proposta não podia deixar de falar sobre isso aqui. Esse movimento feminista, surgido dentro do próprio punk, com o intuito de criticar o machismo existente dentro do mesmo, chamava-se Riot Grrrl, e tudo começou nos EUA, mais precisamente em Olympia, com Alison Wolfe, do Bratmobile, quando ela resolveu produzir um fanzine feminista chamado Riot Grrrl. Isso em meados da década de 90. Neste fanzine, Alison reclamava justamente do machismo dentro do rock, onde se mantinha (e de certa forma, até hoje ainda se mantém...) a idéia de que mulher não sabe tocar. Foi nesse contexto que várias garotas resolveram tomar a frente de seus instrumentos, e quebrando certas regras como se mostrar "bonitinha", "arrumadinha" e coisas do tipo... um dos objetivos das RIOT GRRRLS foi justamente quebrar com essa idéia da imagem e do padrão de beleza, mostrando aos homens q eram tão ou mais capazes que eles. O movimento RIOT GRRRL, pelo menos a meu ver, foi uma junção muito bem definida entre música punk e feminismo, ou seja, a união da música com a postura política. Nesse sentido, essas garotas conseguiram dar uma sacudida na música punk, e um "tapa na cara" de muitos machistas inseridos pela cena.

As letras extremamente contestadoras e a postura pra lá de firme fez com que as RIOT ganhassem realmente espaço e respeito, deixando bem claro q o tão conhecido lema punk "do-it-your-self" estava fazendo mais sentido do que nunca, e a música, mais uma vez aparecia como a forma mais clara e eficiente de protesto. Elas passaram a organizar festivais, fanzines, palestras e várias outras formas de manter o movimento vivo. E apesar do movimento não possuir "liderança" por uma questão de respeito à autonomia e liberdade de cada garota, algumas RIOT
se destacaram bastante, como foi o caso de Kathleen Hanna (ex-stripper e Vocal do Bikini Kill), considerada pela grande maioria a fundadora do movimento, Alison Wolf (do Bratmobile), e, duvidosamente, a própria Courtney Love (Hole), q apesar de ser vista por algumas como uma RIOT, ela já chegou a negar qualquer participação no movimento, e inclusive chegou até mesmo a sair aos tapas com Kathleen Hanna algumas vezes (dizem as más linguas q foi por ciúmes de Kurt Cobain), maaaaas... isso é outra historia. Vamos, de fato, ao que realmente interessa.

Então, o BIKINI KILL foi uma banda que, definitivamente, possuiu a cara do movimento RIOT. Foi sem dúvida, uma das, se não a mais, influentes no RIOT GRRRL. Protestando de forma irreverente, as meninas do Bikini Kill costumavam, em seus shows, mandar os homens fastarem para trás deixando o espaço maior na frente do palco só para as meninas, e a essas eram entregues folhetos com as letras das músicas, fanzines, informativos, etc... a vocalista Kathleen Hanna costumava riscar no seu corpo palavras tipo "Incest", "Slut", isso tudo como uma forma de reagir as formas de classificar as meninas como "certinhas" ou "vagabundas". Suas letras altamente incendiárias foram chamadas de "Revolution Girl Style Now", e foi uma grande influencia para praticamente todas as bandas de rock femininas que surgiram na década de 90.

A idéia da banda tbm surgiu, a princípio, de um fanzine tbm chamado de "Bikini Kill". Em 1991, a banda lançou seu primeiro EP intitualdo chamado "Bikini Kill", produzido por ninguém menos q o grande Ian Mackaye (Fugazi).

Em 1992 a banda excursionou pela costa leste, voou até o Hawaii para o Dia Internacional da Mulher, tocou vários shows em Washington DC, incluindo alguns shows beneficentes a favor da Pro-Choice (organização que luta pela legalização do aborto), que coincidiram com uma grande marcha que ocorreu em Washington para lutar pela causa.


O Bikini Kill excursionou também pela Inglaterra, ao lado da banda Huggy Bear (uma espécie de representante britânica do riot grrrl). As duas bandas dividiram o single "Yeah, Yeah, Yeah / Our Troubled Youth", lançado pela Catcall na Inglaterra e pela gravadora Kill Rock Stars nos Estados Unidos. Nessa época, o riot grrrl ganhava uma visibilidade sem precedentes e era destaque de reportagens e artigos na mídia tanto na Inglaterra quanto nos EUA.

De volta aos EUA, a banda grava três músicas com Joan Jett e logo em seguida faz uma breve turnê pela California que inclui alguns shows com com o Fugazi. Durante o restante de 1993, a banda permanece inativa, trabalhando em projetos paralelos. Aproveitando a parada, a Kill Rock Stars lança o disco "The C.D. Version of the Two First Records", compilando o primeiro EP, e o single inglês.

Em 1994 é lançado "Pussy Whipped", propriamente o primeiro álbum da banda.

Pouco depois do retorno a Olympia, a banda faz mais uma excursão pela costa leste americana e posteriormente uma turnê de sete semanas pela Europa.

Nesse período, em 1996, é lançado o segundo álbum, "Reject All American" que acaba restrito ao público fiel da banda, já que, ao contrário do que aconteceu na época do lançamento do primeiro disco, o riot grrrl já não despertava o interesse e a curiosidade da mídia.

Ao final da turnê européia, a banda resolve permanecer inativa mais algum tempo, retornando na metade de 1997 para mais uma turnê na Austrália, seguido de alguns shows no Japão. Em Tóquio, o Bikini Kill realiza o último show de sua história. A banda trabalho em músicas novas no fim de 97, mas não chegou a gravá-las. Em abril de 1998 foi anunciado oficialmente o fim do Bikini Kill após uma carreira de 7 anos.

Todas as ex-integrantes do Bikini Kill continuam ativas na música. Billy Karren, Tobi Vail e Kathi Wilcox lançaram um CD com uma coletânea dos singles lançados pelo projeto paralelo The Frumpies que eles mantém juntamente com a baterista Molly Neuman (da banda Bratmobile). Kathleen Hanna trabalhou com Joan Jett no disco Fetish de 1999. Também gravou um CD solo usando o nome Julie Ruin. Atualmente é vocalista da banda eletropunk feminista Le Tigre.

Outra banda de grande destaque dentro do RIOT GRRRL foi o BRATMOBILE. Elas surgiram em meados de 1990/91, nos EUA. No ínicio a banda era apenas Allison Wolfe and Molly Neuman, elas colaboravam com um influente fanzine feminista da época chamado Girl Germs, e a primeira apresentação da banda foi com elas duas, na guitarra, e bateria, respectivamente. Depois, a elas se uniram Jen Smith and Christina Billotte. O primiero trabalho da banda foi uma fita cassete intitulada Bratmobile DC. Entre 91 e 94, elas gravaram vários trabalhaos, entre eles o clássico álbum Pottymouth, e o EP The Real Janelle, pela Kill Rock Stars, mesma gravadora do Bikini Kill. A banda durou até 94, e depois retornaram às atividades em 1999 mas acabou novamente em 2003.

Baixem aqui, drugies:
BIKINI KILL (Download)
BRATMOBILE (Download)

Beijumiliga and...


Only Grrrls!!!!!



Rock On, Baby!!!


To Be Continued...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Fay Fife (The Rezillos)


Bom, como a intenção deste blog desde o começo é destacar a figura feminina dentro do rock, hoje eu vou falar de uma banda que não é totalmente feminina, quem conhece sabe, mas que deve muito de seus méritos ao talento de uma excelente vocalista chamada Fay Fife. Só que falar de Fay, no sentido musical da coisa, sem falar de Rezillos é meio impossível, já que foi aí que ela se destacou. Vou falar de Fay brevemente, até porque sei pouquíssimo sobre ela, daí vou aproveitando e dando umas pinceladas na história dessa puta banda que até hoje beneficia nossa audição. Então, lá vai...

Os Rezillos explodiram na cena em 1976, mas ela só veio a entrar pra banda algum tempo depois. Fay Fife, assim como os outros integrantes eram estudantes da Faculdade de Artes de Edinburgo, capital da Escócia. E a 'verdade musical' é que os Rezillos surgiram como algo que renascia do cruzamento das cinzas que ficaram do garage dos anos 60, juntamente com aquele pop dos girls groups da época como The Ronettes e Shangri-las, e aquele glam rock da década de 70, arrastando um pouco daquela new wave que surgia no final dos anos 70 e invadia o começo da década de 80. Eles foram absorvidos pela "galera" punk, e há quem diga que eles chegaram a revolucionar o new wave. Hoje, eles servem de grande influência pra bandas como o conhecido Franz Ferdinand. No entanto, The Rezillos, nome retirado de um HQ da Marvel, durou até 1978.

Bom, Fife não parou por aí não. Ela, juntamente com Eugene Reynolds, o então outro vocalista dos Rezillos, logo dois meses depois da banda acabar, resolveu retornar a ativa. Mas dessa vez com outro nome. Surgia então The Revillos (uma trocadinha de letras bem básica, mas não menos importante quando se trata de evitar problemas com direitos autorais).

"A banda era tão genial que a gravadora Virgin fez um selo com a temática da banda (o selo Snatzo), exclusivamente para lançar os discos dos Revillos." Fonte: Show Livre

O Revillos acabou em 1984, mas Fay, incansável, ainda montou outra banda. Esta era Destroy All Men, que durou bem pouco. Depois disso, Fay Fife tentou trabalhar com produção de cinema e ser roteirista, e ainda chegou a atuar numa série americana chamada "Commander Taggart".



Em 1993, a procura por material dos Rezillos era grande. Tão grande que resolveram lançar em cd todo o seu material anteriormente lançado da banda. E os Rezillos então resolvem se reunir, e tocar em Edinburgo para nada menos que 150 mil pessoas. Em 2003 já era tempo de sair em turnê pelos EUA, coisa que a banda nunca tinha feito até então, e nesse mesmo ano uma de suas músicas foi incluída na trilha sonora do filme de grande sucesso "Jackass". E claro, lógico e evidente que nossa bela vocalista fez parte de tudo isso. A formação atual dos Rezillos, que tocaram inclusive no Brasil em 2006, conta com 4 membros da formação de 76. Bem, a formação tá assim: Eugene Reynolds (vocal/guitarra), Fay Fife (vocal), Jo Callis (guitarra principal), Angel Paterson (bateria) e Johnny Terminator Brady (baixo).


Pra quem ainda não conhece Fay Fife como vocalista, não deixe de baixar esse trabalho dela com uma das bandas mais influentes dos cenários pop e punk europeu dos fins dos anos 70 e do inicio dos anos 80. Baixem aqui o cd de 1993. Nada menos que "The (almost) Complete Rezillos", e se deliciem. É algo adorável, empolgante, nostálgico e interessante. Très chic!

Beijomiliga!



A semana começando com saudade...

and...


Rock On, Baby!!!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

The Devotchkas

O Street Punk nunca teve tanta expressão numa banda feminina como com The Devotchkas. Certa vez fiz uma resenha sobre elas num fanzine q eu fazia a uns anos aqui atrás, mais precisamente entre 2005/06. Tava remexendo nas coisas guardadas e revendo os antigos números que eu fiz (ainda consegui chegar até o #4... sou uma guerreira!!! tsc tsc tsc), e me deparei com elas, lembrei que nunca tinha postado sobre elas aqui, e tinha até esquecido... Fazia teeeeempo que não ouvia elas, aliás, fazia teeeempo q eu não ouvia nada de street punk. Escutei elas denovo hoje, nostalgicamente, e estou postando aqui pra vcs...

As Devotchkas, fazendo um som bem reto, seguindo bem aquela base do The Casualties, Vice Squad e coisas do tipo, começaram suas atividades no ano de 1996. Em 98, essas moças lançaram o primeiro EP intitulado "Oi! Toy!", e o sucesso foi tanto, que rendeu 5000 cópias em vinil (pra uma banda punk, é uma marca e tanto, pelo menos na minha opinião...). Isso fez com que elas ganhassem um grande respeito na cena de NY, e começassem a tocar em lugares e com bandas bem conhecidas. Em 99, veio o "Annihilation EP", trazendo grandes e bons hits como "Shit For Dreams", "One Sided Siciety", e "Oi! Toy!" reeditada. A formação original era Stephanie in the vocals, Mande na guitarra, Alaine no baixo, e um baterista "quebra-galho". Um belo dia, num show em NY, Gabrielle foi apresentada a Steph por amigos, e acabou entrando pra banda e ficando como baterista permanente. Conseguiram seguir até 1999, e a partir daí a banda acabou.

Mas, aí resolveram reunir-se novamente, dessa vez sem Steph. O vocal ficaria por conta de J.J., e a banda mudaria de nome pra 99's. Bom, não durou muito: acabaram com a banda denovo. E depois retornaram mais uma vez, em 2002, atendendo novamente pela alcunha de Devotchkas. Pra quem conhece o livro (ou filme) "Laranja Mecânica" já deve ter se tocado, mas caso alguém não conheça, o nome da banda é justamente por isso. Uma homenagem a essa obra maravilhosa do velho e bom Anthony Burgess. Quem me conhece, sabe o quanto "babo" por Laranja Mecânica, e esse foi o primeiro motivo da banda ter me chamado a atenção.

Bem, não sei realmente dizer se a banda ainda continua ou não na ativa. Também, lamento, caros drugies, mas não tive muito tempo pra pesquisar, pardon! Mas tá aí o segundo trabalho delas, de 1998, o Annihilation EP. Quem quiser baixar, é só "dar aquela clicadinha" haushaush...



Beijomiliga!!!!



and...


Rock On, Baby!!!