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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

The Runaways - Garotas no Rock


Bom... eu sei que não é novo e tal, mas achei que valeria a pena comentar aqui, por razões óbvias que eu julgo desnecessário citar, mas, eu assisti finalmente o filme The Runaways. (É! Eu não tinha assistido ainda... sorry!!). Assisti este final de semana, e sou sincera em dizer a vocês, caros drugies: não empolguei! Primeiro porque, pelo menos na minha opinião o filme ainda se prendeu aquela coisa clichê de "rockeiro-drogado-muitodoido-quetrepacomtodomundo"... Desculpem os que discordam de mim, mas como diria o personagem de um filme, isso é a "cópia da cópia da cópia...". Tudo bem se esse lifestyle fazia parte da época, mas a impressão que ficou pra mim é que essa foi a parte mais enfocada. Elas eram um produto daquilo. Segundo, sabendo que as Runaways NÃO foram a primeira girl band da história do rock (quem acompanha este blog, sabe disso, porque já postei aqui várias bandas anteriores a elas... beeeeeem anteriores, por sinal... e independentes, ainda por cima. Sem a intromissão de algum grande produtor musical), não gosto e nem posso concordar que elas levem esse título. Acho injusto e mal informado da parte dos responsáveis pelo roteiro, porque a própria Suzy Quatro, citada no filme em algum momento, veio de uma girl band da década de 60, quando as Runaways só começaram em 1975.

Outra coisa: acho injusto o que fizeram com as outras integrantes. A banda era formada por 5 garotas, como todo mundo sabe: Joan Jett, Cherie Currie, Lita Ford, Jackie Fox e Sandy West. O filme só enfoca Joan e Cherrie, como se as outras não tivessem tido importância. Assim, o filme não deveria se chamar The Runaways, e sim "Joan & Cherrie", ou "Cherrie & Joan", enfim, como queiram... só não deveria ter levado o nome da banda, quando não trata realmente da banda toda. Quem conhece o som das Runaways sabe que aqueles solos de guitarra não muito virtuosos, mas nem por isso menos bem elaborados não são feitos por Joan Jett, e sim por Lita Ford, que era realmente quem sabia (e sabe até hoje...) tocar guitarra na banda. Joan Jett tocava o básico, as bases. A banda toda tocava bem, mas o que seria das Runaways se elas não tivessem uma boa baterista como Sandy West? È disso que falo. The Runaways eram elas 5, e não apenas Joan e Cherrie. As 5 meninas davam corpo e espírito à banda. Espero que estejam entendendo o que estou querendo dizer, porque não estou aqui desmerecendo ninguém... musicalmente falando eu adooooro Joan Jett de todo coração, e gosto muito mais dela do que da Lita Ford. Apenas achei injusto pelo fato de que se as Runaways tivessem tido unicamente Joan Jett como guitarrista a coisa teria sido bem diferente, a alma, a música teria sido outra, mas a banda tinha a cara que tinha porque tinha a contribuição individual de cada uma das integrantes. A junção das influências delas resultava naquilo, naquela música bonita que influencia girl bands mundo à fora até hoje. Achei também estranho porque o filme conta a história das Runaways um pouco diferente da que eu conhecia. Até onde eu sabia, foi Kim Fowley que incentivou Joan a tocar guitarra, e Micki (baixista) e Sandy entraram na banda porque viram um anúcio no jornal colocado também por Fowley, que aliás foi dele a idéia de montar uma girl band, e não de Joan, como mostra no filme. E também até onde eu sabia, teria sido Fowley que havia abandonado a banda, e não o contrário, como o filme também mostra. Bom, agora eu já não sei mais.


Enfim, drugies... quero enfatizar uma coisa (importantíssima): eu tenho profunda admiração pelas Runaways. E elas são sim um ícone na história das mulheres no rock, mas não são o único. Antes delas, e mesmo depois, muitas mulheres provaram que mulher também toca. E, assim como elas, outras bandas são de grande influência até hoje. Finalmente, eu adoro as Runaways, mas não virei fã do filme. E eu espero que fique claro aqui que essas foram só a minha impressão pessoal do movie. É só e unicamente o que senti e achei do que vi. Não passam de opiniões parciais, ok?! Também não quis enfatizar aqui a performance e interpretação das atrizes (e atores também), que por sinal estão muito boas (Admito que não botava fé em Kristen Stewart como Joan Jett, mas dou minha cara à tapa... ela se garantiu no papel!!). Nunca fui, não sou e até hoje ainda não tive a pretenção de ser crítica de cinema... Amanhã, quem sabe... ;-) Então, é isso...

PS.: Não postei nenhuma banda no mês de janeiro ainda, eu sei... =/ É que estou muito ocupada com outras coisas. De verdade. Mas prometo que esses dias estarei trazendo novas bandas pra cá, drugies.


Beijuliguem.



Rock On, Baby!!!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

The Runaways


É com prazer imenso que inauguro as minhas postagens sobre bandas femininas aqui com esta banda maravilhosa, e que adoro!!!Esta é a The Runaways. Foi dela que saíram mulheres como Lita Ford e Joan Jett, e é também ela que serve de influência para muita banda feminina surgida na década de 90 como L7, Babes in Toyland, Girlschool, 7 Year Bitch, entre outras.
The Runaways foi formada na cidade de Los Angeles, no ano de 1975, e foi uma das primeiras bandas totalmente femininas a surgir no cenário do rock.


Tudo começou quando, em 1974, um conhecido empresário musical chamado Kim Fowley (algumas bandas do seu currículo: Kiss, Slade, Mötley Crüe, Alice Cooper, Emerson, Lake & Palmer, Cat Stevens e The Byrds.) conhece uma menina de 14 anos chamada Kari Krome, que mostrta a ele suas poesias e letras de músicas que escrevia. Isso aconteceu em uma festa na casa de Alice Cooper em Los Angeles. Isso deu a Fowley a idéia de montar uma bada de rock que fosse formada unicamente por mulheres... e logicamente que Kari não poderia fazer parte, pois ainda era muito nova. Na mesma época Fowley conhece Joan Jett, então com 17 anos, e a convence a aprender a tocar guitarra. Põe um anúncio no jornal, e logo consegue unir Sandy West (bateria) e Micki Steele (baixo). Nesse ano, começam a se empenhar para gravar algumas demos. E só em 75, é lançado o albúm "Born to be bad". Na época elas ainda estavam ainda aprendendo a tocar seus instrumentos e o som era cru, com riffs bem básicos.
A banda começou a ser vendida na mídia, por Fowley, como adolescentes sensuais, já que elas tinham entre 15 e 17 anos. A aceitação do disco nos EUA foi muito baixa, tanto que só começou a ser comercializado de fato em 1991. A mídia americana taxou a banda de "adolescentes irresponsáveis, que não tinham sustentação musical". Outro agravante foi o fato de Cherrie Currie, a vocalista, se apresentar de lingerie e cantar letras sobre sexo, o que seria bastante aceitável para a maioria das pessoas se ela não tivesse apenas 16 anos.
Nesta época, Micki sai da banda, dando lugar para Peggy, que sai logo depois por conta de uma briga com Cherrie, e em seu lugar fica Jackie Fox. Aí entra também outra guitarrista, esta é a garota londrina Lita Ford.


A mídia, sempre preconceituosa, desmerece cada vez mais o trabalho da banda. Ainda mais levando-se em conta que mulheres no rock mais agressivo eram uma grande excessão à regra, não é??!! . “O álbum (Born To Be Bad) mostrou para garotas adolescentes que elas também podiam aprender a tocar um instrumento e montar uma banda. E não ficar atrás de garotos que faziam isso”. (Palavras de Joan Jett mais tarde, sobre o preconceito contra a banda)

Mas a pouca aceitação que a banda tinha nos EUA, foi compensada pelo sucesso que a banda fez no Japão. Tanto que por volta de 76/77 fizeram turnês neste país com todos os shows lotados, o que resultou no albúm "Live In Japan", que não foi lançado nos EUA. Porém, nesta mesma época começa a surgir, ou a ficar mais latentes, as brigas internas entre empresário e integrantes da banda. Outro problema que se agravava era o uso abusivo de drogas. Aí, devido as brigas, começam a trocar constatemente de integrantes, tanto que o album "Live In Japan" marca justamente o fim da formação original que era Joan Jett, Cherie Currie, Lita Ford, Jackie Fox e Sandy West. As diferenças musicais também começavam a surgir. Joan tinha mais influências da música punk, enquanto Lita e Sandy pendiam mais para o heavy metal e glam.



Em 78 Fowley decide abandonar o The Runaways, e em 79, quem resolve se afastar é Joan. Depois disso, a banda não durou mais, pois não conseguiu se sustentar. O último show da banda foi realizado em uma comemoração de fim de ano em 78, em São Francisco. Um álbum pirata foi gravado e lançado somente em 1980 sob o título "Flaming Schoolgirls".
Somente em 1992, a música (um "hit", por sinal) "Cherrie Bomb" fez parte da coletânea Metal Age: The Roots of Metal, mostrando o reconhecimento tardio do talento da banda. Desta mesma coletânea fizeram parte bandas como Motorhead e UFO.
Depois das Runaways, Sandy West e Lita Ford tentaram formar outra banda que não vingou e Ford seguiu em carreira solo com rock mais comercial. Joan seguiu solo e foi a única que ainda levou o espírito das Runaways, formando mais tarde a banda Joan Jett & The Blackhearts.

"Em uma época em que as bandas de mulheres tinham que provar com seriedade que podiam tocar, elas eram o contrário. Irreverentes e com apelo sexual, certamente perderam credibilidade por isso. The Runaways recebeu muito pouco respeito nos EUA, que hoje reconhecem sua importância."



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Neste link você baixa o cd "The Best of The Runaways"
Baixar!!