terça-feira, 16 de junho de 2009

Girls Groups Part. 1: The Ronettes

Muito bem, caros drugies... embalada ainda pela série de posts que eu fiz sobre o Riot Grrrl, tive a idéia de começar outra série de posts, só que dessa vez algo menos, digamos, político, mas não menos importante musicalmente falando: os Girls Groups. Descobri eles a um certo tempo, quando começei a me interessar muito por garage music e coisas dos anos 60 pra ser mais exata... Essas coisas acabaram me levando a elas. Ao escutar alguns, percebi que muitas músicas eu já conhecia desde criança, só não tinha noção do contexto e conteúdo musicais daquilo. Me aprofundei um pouco nelas quando me prontifiquei de escrever sobre elas pra um projeto que tenho com o Raphael Lixo Jovem que ainda não saiu (mas vai sair... hehe), e desde então pirei nessas minas. Hoje, posso dizer que sou fã de Ronettes e Martha Reeves & the vandellas. Adoro elas de paixão!!! hehe... Foram os Girls Groups que trouxeram pra música pop nomes como Diana Ross (que veio das Supremes), a belíssima e saudosa Ronnie Spector (que veio das Ronettes), e Mary Weiss (que veio das Shangri-Las). Bom, vou parar de lorotar aqui, para irmos direto ao que interessa...

Elas surgiram num contexto onde o rock n' roll se encontrava em decadencia. Era uma época onde Elvis se convertia, Buddy Holly morria, Jerry Lee Lewis escandalizava a sociedade americana casando com uma menina de 13 anos... Era hora de jogar um novo lance no show business. Eis então o surgimento das Girls Groups, que teve a sua "Golden Era" entre 1959 e 1965. Alguns deles foram tão famosos e importantes pra música pop que suas canções permanecem atuais até hoje. Clássicos como 'Leader Of The Pack' (The Sangri-Las), 'He Did It' (The Ronettes) são verdadeiras pérolas da música pop que não se perderam no tempo. Foram gravadas por bandas como Who, Beattles e Animals, e até hoje servem de influência pra inúmeras bandas... Acobertadas por produtores como George "Shadow" Morton e Phil Spector, não podia ser diferente: essas meninas, recém-saídas da adolescencia, começaram, muito bem instruídas pelas grandes gravadoras, a bombardear as paradas de sucesso com hits e mais hits. Em matéria de money, o resultado foi excelente na época! Os Girls Groups eram valiosíssimos, rediam milhões de dólares aos cofres das grandes gravadoras, (É, elas foram sim produto das grandes gravadoras) mas não teriam tido vida própria se realmente não tivesse sido assim. O fato é que a música pop em geral deve e muito a essas meninas. "(...) o pop de orquestrações wagnerianas de Phil Spector levou The Crystals, The Ronettes, Arlene Smith e Darlene Love às paradas". Fonte: Coquetel Molotov

Encarnando uma sensualidade atada ao mesmo tempo a um ar de inocência, os Girls Groups encantavam o novos consumidores de coca-cola, ou seja, aquela geração de adolescentes que surgiam no contexto pós-Segunda Guerra. E realmente direcionadas a esse tipo de público, essas meninas ilustravam um novo de tipo de relação que surgia entre garotos e garotas. Elas tinham a cara da new generation, da geração 60's. Musicalmente falando, as baladas eram 'ornamentadas' minuncia e cuidadosamente com grandes arranjos e harmonias, valorizando elementos da música negra como o blues e soul, algo de R&B, alternados com elementos da música gospel (É isso sim! Música gospel...). Do meio para o final da década de 60, esses grupos já foram entrando em um certo colapso. Hoje, pode-se dizer que praticamente todos esses Girls Groups de grande sucesso da década de 60 não resistiram ao vai-e-vem das ondas da indústria musical, mas que estão aí até hoje soando com atualidade e perpetuando aquela áurea dos sixties de uma forma que só elas sabiam fazer, trazendo sempre que ouvidas, toda]o o espírito de uma época que levou sim para o rock dos dias de hoje elementos que ninguem pode negar e que com certeza não é o tempo que vai fazer morrer!


The Ronettes






















Então, inauguramos nossa 'série' sobre girls groups com as glamourosas Ronettes, essas moças que vinheram de Nova York, no ano de 1959, e viraram as meninas dos olhos do então grande produtor musical da época Phill Spector. Elas eram simplesmente as duas irmãs Veronica Bennett (Sim, ela mesma, a nossa lindissima Ronnie Spector) e Estelle Bennett and Nedra Talley. Muito bem munidas de grandes hits pela gravadora de Phill, a Philles, as Ronettes simplesmente metralharam as paradas de sucesso da época com coisas como "Be My Baby" e "Baby, I Love You". A banda ainda chegou a durar até 1966. Veronica casou-se com Phill, o que de certa forma não foi muito bom para a carreira da banda e nem da própria Ronnie. As rendas já não eram as mesmas como aconteceu com praticamente todos os girls groups da época, e então as Ronettes foram se aproximando do fim. Não sei das outras, maaaas, como muitos sabem, Ronnie seguiu carreira solo e continuou sendo cultuadíssima por ninguem menos do que nomes como Mick Jagger, Joey Ramone e Billy Joel. As Ronettes são um dos meus girls groups preferidos, amo de coração, e não conseguiria deixar de colocar elas aqui. São simplesmente as vozes de canções belíssimas, que só quem é capaz de entender o espírito pop adolescente dos 60's vai poder entender do que falo. Quem não conheçe, e viaja naquelas baladinhas doces da década de 60, naquele suinguezinho balançante que só os girls groups souberam fazer, baixe The Ronettes nooooow!!!!!






Então é isso...

KissCallMe

"Take me to Heaven or To Hell... But take me to some place..."



Rock On, Baby!!!

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