Bulimia
É com grande prazer que posto aqui o Bulimia, que foi um dos maiores ícones do Riot Grrrl aqui no Brasil. Banda esta, tão importante que algumas de suas músicas, como por exemplo "Punk Rock (não é só pro seu namorado)", se tornaram clássicos do punk rock no Brasil. Essas meninas eram de Brasília, e a idéia da banda surgiu em meados de 1998 com Bianca (guitarra) e Berila (bateria). Elas tiveram a idéia de formar uma banda feminina, e assim chamaram Sílvia (baixo) e Iéri pra completar o grupo. Depois de um tempo, Silvia foi substituída por Naiana.
O nome Bulimia foi escolhido justamente para demonstrar toda o sentimento de insatisfação que as meninas tinham em relação à realidade das mulheres na sociedade. "...Este foi o nome escolhido para a banda. O nome de uma doença que atinge tantas mulheres, obcecadas por um padrão de beleza ditado pela mídia, não podia ser melhor para uma banda, que luta justamente contra a cultura machista e patriarcal de nossa sociedade, que trata as mulheres como simples objeto, que deve seguir um padrão estereotipado de beleza para serem aceitas. Foi com essa idéia que Bianca escreveu o que mais tarde acabaria virando o hino da banda, uma música sobre mulheres que deixam de fazer o que querem por achar que é coisa de homem, a clássica "punk rock não é só pro seu namorado." Fonte: Protons
A banda durou até 2001, e durante a "espera do lançamento" do único cd da banda intitulado "Se julgar incapaz foi o maior erro que cometeu", que contém 15 das 16 músicas que a banda compõs ao longo de sua carreira, surge a noticia de um acidente envolvendo Berila e seu namorado, o que acabou resultando na morte da mesma. A banda resolve acabar nessa época, e o cd só é lançado depois mesmo da banda ter chegado ao fim. Mas serviu como um registro completo da banda ao longo de sua curta carreira.
Kaos Klitoriano
"O “Kaos” começou junto com o movimento na década 90, e estavam praticamente sozinhas na cena brasiliense, pois não existia outras bandas no movimento de punk/hc. Lançaram um split em 2000 numa coletânea. Em uma entrevista dirigida por Amarildo da zine Osubversivo, a Adriana (que hoje em dia toca na banda, Terror Revolucionário, Besthoven e está com outro projeto vindo por ai) diz que, antes de ser uma banda, é uma idealização de um sonho antigo de grandes amigas, de realizar um projeto feito apenas por mulheres tocando HC e podendo expor assuntos sobre feminismo. O nome “Kaos Klitoriano” significa a humilhação da mulher, a invisibilidade, inferioridade, a violência, objeto de procriação, “é o Kaos” da existência da mulher dentro da historia. E ‘clitóris’ é uma palavra forte ligada às mulheres. Seus ‘riffs’ são rápidos assim como um verdadeiro HC tem que ser, seu vocal cantado e gritado alguma vezes, acabam ficando bem acidas com suas letras que falam sobre aborto, política, amor livre e derivados.
A banda, pelo que entendemos parou/terminou, mais no coração da molecada que tem aquela música na cabeça que chega a se tornar vicio (“Kaos kaos kaos, klitoriariano.. é o kaaaaooos KLI-TO-RI-A-NO!”), ainda tem esperanças da banda voltar a ativa.
Sem mesmo fazer muita divulgação da banda, elas conseguiram ganhar um grande espaço nesse meio ‘underground’ brasiliense por assim dizer.
Membros: Adriana (Vocal/Baixo)
Ana (Guitarra)
Carla (Bateria)"
*Texto retirado do blog Menstrual Attack
Dominatrix
O Riot Grrrl no Brasil, definitivamente se chama DOMINATRIX. A banda que surgiu em 1995 formada por Elisa Gargiulo e sua irmã Isabella vestindo de corpo e alma a cara do movimento punk feminista. Depois de várias demos, o primeiro disco da banda, Girl Gathering, foi lançado em agosto de 1997, e vendido rapidamente, se esgotando no intervalo de tempo de 6 meses, e saiu pela gravadora Teenage In A Box. Gravaram vários splits com outras bandas conhecidas, e fizeram shows pela Europa e EUA, tocando inclusive em faculdades e lugares clássicos como o Gilman Street, em Berkley, na Califórnia. Entre idas e vindas de integrantes, hoje a formação da banda é Elisa Gargiulo, Debora Biana, Josie Lucas e Debora Lopes. A banda tem mais de 10 anos de carreira, uma eternindade pra uma banda feminina e independente ainda por cima, o que mostra toda a garra das garotas. Além da música, as meninas do Dominatrix, principalmente Elisa, tem um forte envolvimento de cunho político com o movimento feminista, o que leva a banda a se apresentar em inúmeros encontros, inclusive em eventos realizados pela Marcha Mundial de Mulheres.
Bom, caros druggies... encerro os posts sobre riot grrrl por aqui... Espero que tenha sido pelo menos esclarecedor, no sentido que esse foi meu objetivo, porque ainda hoje, muitas pessoas ainda não conhecem o riot grrrl, e muitas vezes, possuem até uma idéia errada do mesmo. Eu espero que tenham baixado, escutado, e visto a que veio todas essas garotas revoltadas com o machismo e a submissão que nos circula. Então é isso!!!
Riot Not Quit!!! Riots Not Deads!!
Beijumiliguem!!
and...
Rock On, Baby!!!
4 comentários:
nevermind babe!
acontece rs
por isso que é massa ir trocando idéia, um ajuda o outro e talz ;)
mas apesar de tudo, vc tá MUITO de parabéns pela matéria do riot, tá fantástica MESMO.
beijo!
Cada uma (banda) melhor q a outra! ;)
E aí rocker, entra em contato:
homembrasa@hotmail.com
Aquela entrevista vai dar liga.
Tô na pilha.
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