quinta-feira, 21 de maio de 2009

Riot Grrrl Part. 1: Bikini Kill e Bratmobile

Bem, esse blog sendo fiel a sua proposta não podia deixar de falar sobre isso aqui. Esse movimento feminista, surgido dentro do próprio punk, com o intuito de criticar o machismo existente dentro do mesmo, chamava-se Riot Grrrl, e tudo começou nos EUA, mais precisamente em Olympia, com Alison Wolfe, do Bratmobile, quando ela resolveu produzir um fanzine feminista chamado Riot Grrrl. Isso em meados da década de 90. Neste fanzine, Alison reclamava justamente do machismo dentro do rock, onde se mantinha (e de certa forma, até hoje ainda se mantém...) a idéia de que mulher não sabe tocar. Foi nesse contexto que várias garotas resolveram tomar a frente de seus instrumentos, e quebrando certas regras como se mostrar "bonitinha", "arrumadinha" e coisas do tipo... um dos objetivos das RIOT GRRRLS foi justamente quebrar com essa idéia da imagem e do padrão de beleza, mostrando aos homens q eram tão ou mais capazes que eles. O movimento RIOT GRRRL, pelo menos a meu ver, foi uma junção muito bem definida entre música punk e feminismo, ou seja, a união da música com a postura política. Nesse sentido, essas garotas conseguiram dar uma sacudida na música punk, e um "tapa na cara" de muitos machistas inseridos pela cena.

As letras extremamente contestadoras e a postura pra lá de firme fez com que as RIOT ganhassem realmente espaço e respeito, deixando bem claro q o tão conhecido lema punk "do-it-your-self" estava fazendo mais sentido do que nunca, e a música, mais uma vez aparecia como a forma mais clara e eficiente de protesto. Elas passaram a organizar festivais, fanzines, palestras e várias outras formas de manter o movimento vivo. E apesar do movimento não possuir "liderança" por uma questão de respeito à autonomia e liberdade de cada garota, algumas RIOT
se destacaram bastante, como foi o caso de Kathleen Hanna (ex-stripper e Vocal do Bikini Kill), considerada pela grande maioria a fundadora do movimento, Alison Wolf (do Bratmobile), e, duvidosamente, a própria Courtney Love (Hole), q apesar de ser vista por algumas como uma RIOT, ela já chegou a negar qualquer participação no movimento, e inclusive chegou até mesmo a sair aos tapas com Kathleen Hanna algumas vezes (dizem as más linguas q foi por ciúmes de Kurt Cobain), maaaaas... isso é outra historia. Vamos, de fato, ao que realmente interessa.

Então, o BIKINI KILL foi uma banda que, definitivamente, possuiu a cara do movimento RIOT. Foi sem dúvida, uma das, se não a mais, influentes no RIOT GRRRL. Protestando de forma irreverente, as meninas do Bikini Kill costumavam, em seus shows, mandar os homens fastarem para trás deixando o espaço maior na frente do palco só para as meninas, e a essas eram entregues folhetos com as letras das músicas, fanzines, informativos, etc... a vocalista Kathleen Hanna costumava riscar no seu corpo palavras tipo "Incest", "Slut", isso tudo como uma forma de reagir as formas de classificar as meninas como "certinhas" ou "vagabundas". Suas letras altamente incendiárias foram chamadas de "Revolution Girl Style Now", e foi uma grande influencia para praticamente todas as bandas de rock femininas que surgiram na década de 90.

A idéia da banda tbm surgiu, a princípio, de um fanzine tbm chamado de "Bikini Kill". Em 1991, a banda lançou seu primeiro EP intitualdo chamado "Bikini Kill", produzido por ninguém menos q o grande Ian Mackaye (Fugazi).

Em 1992 a banda excursionou pela costa leste, voou até o Hawaii para o Dia Internacional da Mulher, tocou vários shows em Washington DC, incluindo alguns shows beneficentes a favor da Pro-Choice (organização que luta pela legalização do aborto), que coincidiram com uma grande marcha que ocorreu em Washington para lutar pela causa.


O Bikini Kill excursionou também pela Inglaterra, ao lado da banda Huggy Bear (uma espécie de representante britânica do riot grrrl). As duas bandas dividiram o single "Yeah, Yeah, Yeah / Our Troubled Youth", lançado pela Catcall na Inglaterra e pela gravadora Kill Rock Stars nos Estados Unidos. Nessa época, o riot grrrl ganhava uma visibilidade sem precedentes e era destaque de reportagens e artigos na mídia tanto na Inglaterra quanto nos EUA.

De volta aos EUA, a banda grava três músicas com Joan Jett e logo em seguida faz uma breve turnê pela California que inclui alguns shows com com o Fugazi. Durante o restante de 1993, a banda permanece inativa, trabalhando em projetos paralelos. Aproveitando a parada, a Kill Rock Stars lança o disco "The C.D. Version of the Two First Records", compilando o primeiro EP, e o single inglês.

Em 1994 é lançado "Pussy Whipped", propriamente o primeiro álbum da banda.

Pouco depois do retorno a Olympia, a banda faz mais uma excursão pela costa leste americana e posteriormente uma turnê de sete semanas pela Europa.

Nesse período, em 1996, é lançado o segundo álbum, "Reject All American" que acaba restrito ao público fiel da banda, já que, ao contrário do que aconteceu na época do lançamento do primeiro disco, o riot grrrl já não despertava o interesse e a curiosidade da mídia.

Ao final da turnê européia, a banda resolve permanecer inativa mais algum tempo, retornando na metade de 1997 para mais uma turnê na Austrália, seguido de alguns shows no Japão. Em Tóquio, o Bikini Kill realiza o último show de sua história. A banda trabalho em músicas novas no fim de 97, mas não chegou a gravá-las. Em abril de 1998 foi anunciado oficialmente o fim do Bikini Kill após uma carreira de 7 anos.

Todas as ex-integrantes do Bikini Kill continuam ativas na música. Billy Karren, Tobi Vail e Kathi Wilcox lançaram um CD com uma coletânea dos singles lançados pelo projeto paralelo The Frumpies que eles mantém juntamente com a baterista Molly Neuman (da banda Bratmobile). Kathleen Hanna trabalhou com Joan Jett no disco Fetish de 1999. Também gravou um CD solo usando o nome Julie Ruin. Atualmente é vocalista da banda eletropunk feminista Le Tigre.

Outra banda de grande destaque dentro do RIOT GRRRL foi o BRATMOBILE. Elas surgiram em meados de 1990/91, nos EUA. No ínicio a banda era apenas Allison Wolfe and Molly Neuman, elas colaboravam com um influente fanzine feminista da época chamado Girl Germs, e a primeira apresentação da banda foi com elas duas, na guitarra, e bateria, respectivamente. Depois, a elas se uniram Jen Smith and Christina Billotte. O primiero trabalho da banda foi uma fita cassete intitulada Bratmobile DC. Entre 91 e 94, elas gravaram vários trabalhaos, entre eles o clássico álbum Pottymouth, e o EP The Real Janelle, pela Kill Rock Stars, mesma gravadora do Bikini Kill. A banda durou até 94, e depois retornaram às atividades em 1999 mas acabou novamente em 2003.

Baixem aqui, drugies:
BIKINI KILL (Download)
BRATMOBILE (Download)

Beijumiliga and...


Only Grrrls!!!!!



Rock On, Baby!!!


To Be Continued...

2 comentários:

Anônimo disse...

posso falar aquilo?



posso?


=x


joaquim

Nessa disse...

Tô lendo um livro sobre riot grrrl fodido. Depois me lembra de te passar o link!