Bom, é verdade que elas tem a maior carinha de menininhas nutridas à base de cereal Kellogs e mingauzinho com farinha láctea, maaas... quem se importa?? The Pipettes foi uma grande surpresa do início dos anos 2000 no que se refere à música retrô. Pop sim! E de qualidade inclusive. O que não acontece com todas as bandas que possuem a mesma proposta. Mas as Pipettes sim, conseguiram! Arrasaram! E trouxeram para nós os melhores ares da décade 60, com hits que são capazes de balançar completamente qualquer festinha à lá sixties.
Vindas de Brighton, Reino Unido, vestidinhas no melhor estilo retrô, com aquelas dançinhas fofinhas, e cantando os hits chicletes mais adoráveis do início do século XXI, elas começaram em 2004, por iniciativa do produtor Monster Bob. Ele recrutou quatro amigas que tinham um gosto musical semelhante, eram elas Gwenno (Gwen), Riot Becki (Becki), Rosay (Rose) e Julia Clark-Lowes (que deixou o grupo ainda no início). A proposta era bem clara: resgatar os girls groups dos anos 60, e tornar a coisa bem com a cara de Phil Spector, se é que vocês me entendem. Em 2005, jogaram no mercado três discos de vinil com a tiragem limitada, que musicalmente falando era, nessa época, algo muito bem proposto mais não muito arrajado. As Pipettes só vinheram mostrar mesmo a que vinheram no lançamento do álbum oficial "We Are The Pipettes". Esse sim, arrasou! Mostrou exatamente, nem mais nem menos, do que as meninas eram realmente capazes. A parte instrumental é executada pela banda conhecida oficialmente como The Cassetes, que não aparecem muito em eventos e fotos promocionais (???).
É, elas realmente soam como um girls group de alto nível. Conseguem unir teoria e prática, e vão além, porquê dão ainda, no meio de tudo isso, um toque de modernidade às músicas. Pra mim, um referencial das Pipettes são as letras, o que já denuncia que elas são bem, digamos, "moderninhas", já que na década de 60 era inimaginável três moçinhas cantando algo como:
"Tie me, tie me, tie me,
To the kitchen sink
Tie me, tie me, tie me,
To the kitchen sink
Tie me, tie me, tie me,
To the kitchen sink"
(Que seria alguma coisa como "Me pegue, me pegue, me pegue, na pia da cozinha"...)
Fora outras coisas, como a letra da música "Because It's No Love", onde elas deixam bem claro pro cara que não está apaixonada, só sente "um feeling" por ele. Outra?? "I Like A Boy In Uniform"... essa deixa subentendido até uma orgia colegial entre meninas... Algo, que nos comportados anos 60, faria muitos pais arracarem os cabelos. Mas o fato é que, as Pipettes são diretíssimas. Nada!! Nada de namoradinho na calçada de casa, ou no banquinho de uma praça... o lance delas é tesão! E isso faz sim, todo o diferencial, porque mostra ousadia, e algo de atitude. Esperar pelo cara? "No, no. Eu tomo a iniciativa!". A idéia é mais ou menos essa.
A parte instrumental é simplesmente bela, os Cassetes sabem muito bem o que fazem, e a harmonia é algo que chega a emocionar, transformando os vocais e os instrumentos num casamento bem perfeitinho. Trata-se de música despretenciosa, mas de um pop perfeito... Futuras pérolas da música pop, eu diria, onde você percebe toda a forte influência de coisas como Beach Boys e de Pop Art. O hit "Pull Shapes", que evoca todo o espírito dos anos 60 de forma belíssima, alcançou os primeiros lugares nas paradas européias durante semanas, o que é realmente de surpreender não ter chegado por aqui.
Fiquei procurando notícias atuais sobre a banda, e o que consegui ficar sabendo foi que as três integrantes já se afastaram por questões de brigas internas. Vinheram outras, que pelo que eu li também já se afastaram. Mas não consegui descobrir mais nada muito além disso. Não vi nada a respeito de ter acabado, mas também nada a respeito de estarem na ativa, ou seja, a banda está parada, desde o lançamento desse primeiro álbum. Maaaaas, antes que elas caiam no velho e bom esquecimento típico do show business, façam um favor a si mesmos, caros drugies, baixem Pipettes agora. E guardem para a posteridade, porque, não tenham dúvida nenhuma, elas vão virar cult!
Beijumiliguem...
Rock On, Baby!!!
6 comentários:
gostei ;)
comentarei mais.
essa banda particularmente acabei baixando. já conhecia, bem como as outras, mas resolvi baixar.
acho que vc podia fazer um post tipo especial sobre as Parallèles. acredito que conhece!
se não, elas fazem um som parecido com o desses girl groups, bem dançante e colorido e da moda RS.
www.myspace.com/lparalleles ;)
enfim, vc tá de parabéns, tenho acompanhado-te post por post :)
Awesome blog! A blog about girls in rock was defenitely needed! Love it to bits! Keep on rockin!
Adoro menininhas nutridas à base de cereal Kellogs e mingauzinho com farinha láctea. E quando cantam e dançam assim então.. meu deus.. eu fico nas nuvens!
Anos 1960 não são anos 2000. As meninas deixaram há muito tempo a cozinha e a obrigação de cuidar de filhos. (E devo ser feio, pois nunca, nunca mesmo, vi tanta disposição em menina nenhuma afim de marcar a bandeira do eu comi). Não sei onde se essa novidade reside nos anos 2000. Farinha láctea, claro... são belas e vozes que, desculpe, precisam de professor. Mas poxa, impossível nao comparar com os Smiths, que não tinham nada de farinha láctea, sucrilhos ou quaisquer desses cerais encaixotados.
Parabéns pelo BLOG!
Algum tempo acompanho este blog e admiro a originalidade e a qualidade das postagens.
Sucesso!
Até breve!!!!
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